Nesta quinta-feira (07/12) foi realizado o encontro Aprendizados e Recomendações do Projeto Agendas municipais de Agricultura Urbana para Fortaleza. Organizado pelo Centro de Estudos em Sustentabilidade da Fundação Getúlio Vargas (FGV), o evento reuniu representantes municipais, estaduais, federais e de organizações da sociedade civil que atuam em políticas públicas para produção e distribuição de alimentos saudáveis no espaço urbano.
O encontro é vinculado ao Programa da ONU para o Meio Ambiente e incentiva a agricultura urbana agroecológica no planejamento das cidades como forma de combater a fome, estimular desenvolvimento econômico e preservação ambiental. Os gestores apresentaram iniciativas e avaliaram a expansão de projetos com cooperação multilateral.
O guia, desenvolvido pela FGV, e exposto na reunião, apresenta quatro benefícios principais para a atividade agrícola em espaço urbano e na região próxima às cidades.
O aspecto social engloba educação, segurança alimentar e nutricional, resgate de identidades socioculturais, coesão comunitária, entre outros. A dimensão humana traz impactos diretos na saúde física e mental e na redução da pobreza; a econômica tem reflexos na geração de emprego e renda e ocupação produtiva de vazios urbanos, a dimensão ambiental aponta melhorias a conservação da biodiversidade e Melhoria da qualidade da água, do ar e do solo
A Prefeitura de Fortaleza foi representada pelo secretário de Direitos Humanos e Desenvolvimento Social (SDHDS), Francisco Ibiapina, que apresentou o projeto Hortas Sociais. A gestão municipal mantém quatro estufas produção de hortaliças orgânicas que, somente no ano de 2023, já distribuíram 45.6 toneladas de alimentos para pessoas idosas e/ou em situaçao de insegurança alimentar dos bairros Conjunto Ceará, Conjunto Palmeiras e Granja Portugal. O Projeto existe desde 2016 e está em ampliação com a construção de mais três estufas em andamento e mais três previstas para 2024.
“Precisamos resgatar o aspecto da refeição saudável, da alimentação rica em nutrientes. A partir dessa discussão buscamos fortalecer nossos nichos de agricultura urbana e periurbana. Fortaleza tem projetos nessa área como as Hortas Sociais. Esse projeto, hoje posicionado dentro da Política de Segurança Alimentar e Nutricional, pode atuar também no fomento para outras unidades de produção de alimentos, como hortas comunitárias, individuais ou mesmo em equipamentos públicos, como as escolas municipais”, explicou o Secretário.
Compuseram a mesa do evento: José Wilson de Souza Gonçalves e Regilane Fernandes, representantes do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA); Vladyson Viana, Secretário do Trabalho do Estado do Ceará; Francisco Ibiapina, secretário Municipal dos Direitos Humanos e Desenvolvimento Social (SDHDS); Cláudia Machado Coelho Souza de Vasconcelos, professora da Uece e representante do Conselho de Segurança Alimentar e Nutricional do Ceará (Consea-Ce) e Mariana Nicolletti, do Centro de Sustentabilidade – FGV. A sociedade civil foi representada pelo Instituto Raízes, IAC, Cetra, Insituto Antônio Conselheiro, Cepema, entre outros.