Sábado (07/10) foi o dia para crianças e adolescentes atualizarem o cartão de vacinação em todos os postos de saúde de Fortaleza. O Dia D de Multivacinação ofertou, das 8h às 16h30, as vacinas que compõem o Calendário Nacional, garantindo a imunização de crianças e adolescentes de zero a 14 anos, 11 meses e 29 dias.
O Dia D representa um passo importante na prevenção do retorno de doenças já erradicadas no País. A ação é uma oportunidade para garantir a proteção contra uma variedade de doenças preveníveis através da imunização, como sarampo, rubéola, poliomielite e outras.
Ana Kelly Biagi é moradora do bairro Mucuripe e levou seu filho Eduardo, de 4 anos, para colocar as vacinas em dia no Posto Flávio Marcílio. Ela entende a importância da vacina para a proteção contra várias doenças, ensinamento que aprendeu com a sua mãe e que agora mantém com seu filho.
“Eu tenho 38 anos e desde a minha infância eu venho nesse posto. Eu cresci tomando todas as vacinas, tomando a gotinha, então é muito importante que meu filho também se vacine. Naquele tempo dos anos 80, a gente vinha pra tomar vacina e eu nunca tive nenhuma dessas doenças da época”, conta ela.
A ação do Dia D é uma das várias estratégias do município que buscam ampliar a cobertura vacinal. Os Agentes Comunitários de Saúde, por exemplo, realizam busca ativa através de ligações telefônicas e visitas domiciliares para conscientizar as famílias sobre a importância da imunização. Além disso, a SMS reforçou neste período as ações de atualização vacinal de estudantes do ensino infantil, fundamental e médio da rede de ensino municipal.
Com isso, Fortaleza tem melhorado seus índices de proteção vacinal de crianças, que estavam baixos desde a pandemia. No entanto, cerca de 8,2 mil crianças com idade entre 0 e 2 anos possuem uma ou mais vacinas em atraso na cidade. A média da cobertura das vacinas infantis está em 74%, número abaixo da meta determinada pelo Ministério da Saúde, de 95%.
“Os vírus continuam circulando e trazem risco para nossa população, principalmente crianças, e isso significa que não estão protegidas. Nós precisamos resgatar essas crianças para garantir que a nossa população infantil esteja toda protegida”, explica Vanessa Soldatelli, coordenadora de imunização da SMS.
Hillary Alves, de 7 anos, se vacinou neste sábado, hábito que, segundo ela, é frequente: “A vacina serve para a gente não ficar doente, então a gente tem que vir se vacinar sempre”, diz. Sua mãe, Rosa Alves, conta que mesmo buscando sempre atualizar a caderneta das crianças, ainda aproveita os dias de campanha para verificar se há alguma ausência no cartão.