Médicos paralisaram os trabalhos nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) de Fortaleza nesta segunda-feira (15). A paralisação, segundo afirmam, é por conta das circunstâncias de trabalho como insegurança, má alimentação e contratos de trabalho.
São mantidos apenas os atendimentos emergenciais, ou seja, os de pulseiras laranjas e vermelhas no eixo adulto, e pulseiras laranjas, vermelhas e avaliação de amarelas no eixo infantil. Seis unidades estão com o atendimento prejudicado.
São as seguintes:
- Vila Velha
- Bom Jardim
- Cristo Redentor
- Jangurussu
- Edson Queiroz
- Itaperi
A Interrupção dos serviços foi deliberada depois da realização de assembleia-geral extraordinária, no sábado (13), com representantes do Sindicato dos Médicos do Ceará. Os profissionais já haviam decidido pela paralisação anteriormente, em 18 de março.
Entre as reivindicações não atendidas estão:
- Segurança nas unidades
- Alimentação
- Contratos de trabalho
Sobre a alimentação, os profissionais afirmaram que são dadas comidas “fora do padrão de qualidade” sem considerar o valor nutricional. Na questão trabalhista, que seria priorizado o modelo PJ individual, os médicos afirmaram que as empresas oferecem o modelo PJ serviço, com a justificativa de antecipação dos pagamentos.
Já a insegurança nas unidades de saúde, os médicos disseram que, até segunda-feira, não foi disponibilizado segurança institucional e uniformizada. Os profissionais reforçam que quase todos os dias há assaltos e não tem como eles registrarem, por exemplo, boletim de ocorrência.
Pacientes sem atendimento
O motorista Miguel Ângelo precisou de atendimento para conseguir um atestado médico por conta de um acidente. Desde cedo na unidade hospitalar, porém não conseguiu atendimento. “Cheguei cedo e me avisaram que atendimento só em caso de emergência. Vim só dá viagem perdida. Vou ter que ir em outro local infelizmente”, afirmou.
A auxiliar de costura, Gleice Kellu Rodrigues, também não conseguiu ser atendida. “Muita febre e tive que retornar para casa. Não há atendimento. Avisaram que só em casos graves”, lamentou.
Diálogo com os médicos
A Secretaria Municipal da Saúde (SMS) informou que não há atraso de pagamento ou falta de fornecimento de alimentação para os profissionais das seis Unidades de Pronto Atendimento (UPA) gerenciadas pelo município (Bom Jardim, Cristo Redentor, Edson Queiroz, Itaperi, Jangurussu e Vila Velha).