Uma mulher, de 31 anos, foi presa em flagrante, suspeita de extorquir mães de crianças com autismo em Fortaleza. Segundo as investigações, ela exigia metade do valor dos benefícios para garantir a liberação do dinheiro.
A denúncia foi feita por uma mãe, que procurou a delegacia dizendo estar sendo coagida pela suposta coordenadora de um projeto social. A mulher, de 31 anos, abordava as vítimas dizendo conseguir liberar o benefício voltado para crianças diagnosticadas com autismo. Para isso, ela exigia metade dos valores.
O projeto era divulgado por meio de cartazes, espalhados em pontos estratégicos. Mas, segundo as investigações, a iniciativa seria apenas uma fachada para praticar as extorsões. Segundo informações da delegada responsável pelo caso, Malake Tanos, o projeto não tem CNPJ e, pelo menos, outras 50 pessoas também estariam sendo coagidas.
A prisão em flagrante da mulher suspeita de extorquir mães de crianças com autismo aconteceu na frente de uma agência bancária, onde pouco antes uma vítima havia sacado mais de R$ 7 mil reais do benefício do filho. Metade desse valor seria repassada para a mulher, que também fazia ameaças. Tudo foi presenciado pelos investigadores.
Além de metade dos sete mil reais, a mulher exigiu ainda 30% do que sobraria para a vítima e seria destinado a custos com advogados. Também era cobrado valores para garantir atendimento em hospital filantrópico.
Inclusão do símbolo de autismo em placas de prioridade
A Câmara dos Deputados aprovou, em maio, um projeto de lei que torna obrigatória a inclusão do símbolo mundial da conscientização do transtorno do espectro autista para identificar a prioridade das pessoas desse grupo em serviços e transportes. A proposta foi enviada ao Senado.
O símbolo a ser incluído é a fita quebra-cabeça de várias cores, que representa mundialmente a conscientização do transtorno do espectro autista. Segundo a relatora, deputada Professora Dorinha Seabra Rezende (União-TO), desde dezembro de 2020, data em que a utilização da faixa tornou-se facultativa, a sociedade brasileira tomou consciência da representatividade da faixa e da sua real necessidade para melhoria do atendimento às pessoas com autismo.