Os consumidores devem encontrar medicamentos cerca de 3,8% mais caros nas farmácias a partir de meados de abril. O encarecimento ocorre devido ao reajuste anual nos preços máximos dos remédios definido pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (Cmed).
O reajuste ainda será oficializado pela Cmed e começa a valer a partir de 1º de abril. O diretor do Sindicato do Comércio Varejista dos Produtos Farmacêuticos do Estado do Ceará (Sincofarma), Maurício Filizola, destaca que o aumento deve ter impacto menor que nos anos anteriores.
“O aumento vai ficar em torno de no máximo 3,8%. As farmácias apenas repassam esse reajuste, que é uma negociação entre o governo e a indústria farmacêutica. As farmácias não têm poder de definir o percentual”, explica.
O percentual não é um aumento automático nos preços, mas sim o reajuste do preço máximo permitido dos produtos. O aumento varia conforme os remédios, divididos em três níveis conforme a concorrência.
Embora o novo preço máximo já comece a valer no início de abril, os consumidores ainda podem encontrar os preços ‘antigos’ por cerca de dez dias.
MENOR REAJUSTE DOS ÚLTIMOS ANOS
Se confirmado, o reajuste em 3,8% será o menor desde 2018, ano em que o teto do preço dos medicamentos aumentou em média 2,4%. Os maiores reajustes dos últimos anos ocorreram em 2021 e 2022, de 10,08% e 10,89%, respectivamente.